Ontem um amigo me perguntou: “Anacleto, qual
a última do Osho”?
Agora estou lendo (*):
“Para a mente ocidental, não há sucessão de
vidas, não há renascimento, não há reencarnação, e por isso eles não fazem uma
análise muito profunda da crucificação.
Eles têm um mito de que Jesus sofreu
por nós, e o seu sofrimento foi uma salvação para nós.
Mas isso é um absurdo; e
não corresponde à verdade dos fatos, porque, se o sofrimento de Jesus tornou-se
uma salvação para nós, então, por que a humanidade continua sofrendo?
Está
sofrendo mais do que nunca.
Depois da crucificação de Jesus, a humanidade não
entrou no Reino de Deus.
Se ele sofreu por nós, se a sua crucificação foi a
remissão de nossas culpas e dos nossos pecados, então ele foi um fracasso, porque
as culpas continuam, o sofrimento continua.
Então, seu sofrimento foi em vão;
então, a crucificação não deu resultado.
O cristianismo tem simplesmente um mito. Mas
a análise oriental da vida humana tem uma postura diferente.
A crucificação de
Jesus foi todo o seu sofrimento acumulado através de seus próprios karmas.
E
esta foi sua última vida; ele não entraria no corpo novamente, e por isso todo
o sofrimento tinha de ser cristalizado, concentrado, em um único ponto. Esse
único ponto tornou-se a crucificação."
(*) OSHO. Destino, liberdade e alma: qual é o significado da vida? São Paulo: Planeta, 2016, p. 168.