Mas por que tanta ansiedade?
Na minha psicologia de botequim, penso que
tudo se resume no medo da morte. Se as pessoas, principalmente os ocidentais,
acreditassem que ninguém morre, que a vida continua, fazíamos como os indianos:
“vou deixar para resolver isso na próxima reencarnação”. Bom, mas aí o progresso
seria muito mais lento.
Mas nós poderíamos encontrar a virtude – o meio
termo: não querer resolver tudo aqui e agora, mas também não transferir tudo
para as próximas reencarnações. Aliás, existem coisas que é impossível você
conquistar numa só encarnação. Por exemplo, meu sonho de ser rico, bonito,
inteligente, culto, sensual, 1,90 m, carioca e olhos azuis vai ter que ficar
para as próximas vidas!
Minha mulher me contesta: “não concordo que é
o medo da morte; e os jovens que não se preocupam com a morte”?
Mas os jovens – assim como a grande maioria
das pessoas – acreditam que dinheiro e poder trazem felicidade, sem saber,
conforme escreveu Ouspensky, que a vida somente começa ter sentido, quando você
descobre que a vida que você está levando não o está levando a lugar algum! Ou,
ainda como atesta a nova Psicologia Positiva:
De acordo com as
conclusões do Dr. Martin Seligman, PhD, ex-presidente da American Psychological
Association e principal porta-voz da Psicologia Positiva, no que diz respeito à
felicidade e à satisfação com a vida, você não precisa se preocupar em fazer o
seguinte:
•
Ganhar mais dinheiro (dinheiro tem pouco ou nenhum efeito, desde que você
esteja suficientemente confortável para comprar este livro, por exemplo; e
pessoas materialistas são menos felizes).
•
Manter-se saudável (saúde subjetiva, a saúde objetiva não importa).
•
Conseguir o máximo possível de instrução (nenhum efeito).
•
Mudar de raça ou mudar-se para um clima mais ensolarado [Mudar-se para
Guarapari, por exemplo] (nenhum efeito).
(Texto sem
revisão, por preguiça, porque ninguém vai ler mesmo e, principalmente, porque a
revisão certamente eliminará parte de sua carga emocional.)