"Quantas vezes a transformação do ego é confundida com uma transformação espiritual. Não faz sentido transformar o ego, porque por mais que seja transformado, ele não deixa de ser o ego. Pode tornar-se mais sublime, refinado, cultivado, mas o ego continua sendo o ego. Mas quanto mais ela é culta, quanto mais sutil ela é, quanto mais venenosa ela é, mais ela te prende, porque então você não é capaz de realizar o ego.
Existem maneiras de purificar, de afinar o ego,
mas não são espirituais. Por exemplo, a moral. Ele transforma o ego.
Mas o trabalho espiritual significa que você
simplesmente abandona o ego. A moralidade é sobre certo ou errado.
A espiritualidade lida com o real, o
verdadeiro.
O certo pode ser falso. O ego é uma entidade
falsa.
Ela existe apenas porque você não a conhece.
Se você procurá-lo, não encontrará.
Ela existe em sua ignorância, em sua
inconsciência.
É até errado falar em abandonar o ego, porque
dá a impressão de que é algo que você pode abandonar.
Você pode até lutar para abandonar o ego.
Mas isso é lutar com sombra. Se você lutar,
será derrotado, não porque a sombra é forte, mas porque não há sombra.
Você será derrotado por sua própria estupidez.”
—OSHO
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