04/09/2023

POR QUE ESTUDEI E ESTUDO A BÍBLIA?

Não sei por que motivo, ainda jovem, pressentia que devia haver uma maneira de a gente viver melhor. Creio que nasci um buscador. Talvez coisas de vidas passadas.

Em 1961, deparei-me com o livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas” de Dale Carnegie. A partir daí, comecei minha busca em livros de autoajuda. Tinha 17 anos, era católico e frequentava a igreja regularmente. Hoje não tenho religião.

Dos livros de autoajuda passei para os livros de psicologia.

Cheguei a frequentar as faculdades de Psicologia e Filosofia.

Não demorei muito para descobrir que somente a psicologia não iria atender às minhas expectativas.

A psicologia trata principalmente da mente. Ou, pelo menos, tratava, pois hoje já existem correntes transpessoais.

Estendi, assim, minha pesquisa em livros esotéricos. Fui misturando autoajuda, psicologia e esoterismo.

Nunca tinha lido a Bíblia. Meus conhecimentos bíblicos se restringiam apenas ao catecismo da década de 50. Ou seja, era um analfabeto no que se referia à Bíblia –aliás, como acontece com a grande maioria das pessoas.

Como não poderia deixar de ser, muitos livros esotéricos falam dos ensinamentos de Jesus Cristo. Mesmo assim, somente passei a estudar a Bíblia no século XXI. Hoje acredito que não me voltei para a Bíblia antes porque colocam em nossas cabeças – no fundo de nossa mente inconsciente – que “a Bíblia é coisa complicada” – “coisa de especialistas”.

Em 2000, convidaram-me e à minha esposa para participarmos de um Encontro de Casais da Segunda União na Matriz São Paulo. Aceitei, mas deixei claro que talvez eu não devesse participar, principalmente porque eu acreditava em reencarnação e certamente iria falar de reencarnação, conforme aconteceu.

Durante o Encontro e nas reuniões posteriores, percebi que os ensinamentos de Jesus tinham tudo a ver com o que eu estudava nos livros esotéricos. Inclusive, a Bíblia fala claramente de reencarnação em Mateus 16,13-14 e 17,10-13.

Antes de prosseguir, devo fazer um registro importante. Em julho de 1994, tomei conhecimento de uma ferramenta que contribuiu, e contribui, muito para melhorar minha vida. Refiro-me à Programação Neurolinguística – PNL. Para saber mais, clique em:

http://blogdojoseanacleto.blogspot.com/2013/02/programacao-neurolinguistica-pnl.html

Retornando à Bíblia, fui descobrindo muita coisa interessante.

Descobri, por exemplo, que antes do Antigo Testamento não havia pecado. O pecado surgiu com a Lei, ou seja, com o Antigo Testamento.

Descobri, também, que o Antigo Testamento tinha sido superado pelo Novo Testamento. Com o advento dos ensinamentos de Jesus Cristo, a Lei caducou.

Aí, começaram meus questionamentos: por que as igrejas se valem tanto do Antigo Testamento? Será porque o Deus do Antigo Testamento é um Deus de características humanas, que tem inveja, raiva e, principalmente, porque premia e castiga? Em resumo, trata das coisas deste mundo, enquanto Jesus tratava somente do plano espiritual – “meu reino não é deste mundo”!

Começaram também meus conflitos: seguir o “olho por olho” do Antigo Testamento ou “dar a outra face” como Jesus recomendou?

Por que sacerdotes e pastores não falam dos recados claros deixados por Jesus? Por exemplo, “Eu digo a vocês: no dia do julgamento, todos devem prestar contas de cada palavra inútil que tiverem falado” (ou fofoca publicada nas redes sociais). “Porque você será justificado por suas próprias palavras, e será condenado por suas próprias palavras”.

Depois de tudo que havia estudado nos livros esotéricos, foi fácil para mim aceitar que o Antigo Testamento é “letra morta” como disse São Paulo. Assim, quase nada li do Antigo Testamento; concentrei meus estudos no Novo Testamento, mais especificamente nos ensinamentos de Jesus Cristo.

Sentia também que mesmo o Novo Testamento tinha muita coisa que não fazia sentido. Certamente, os evangelistas tinham distorcido alguns ensinamentos.

Se Jesus recomendava “dar a outra face”, por que amaldiçoou a figueira e expulsou os mercadores? Por que “aí haverá choro e ranger de dentes”?

Percebi logo que Deus não castiga nem coloca cruz nas costas de ninguém. Nós é que colhemos o que semeamos. Colhi muitas ressacas por exagerar nas bebidas!

Percebi que Jesus não era Deus. Jesus foi filho Deus como eu sou. E, também, que Jesus e Cristo eram distintos: Cristo não era sinônimo nem sobrenome de Jesus. Cristo foi a Consciência Crística – o Espírito de Deus – que habitou o corpo do homem Jesus e habita o corpo de todos nós: “Vocês não sabem que são templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?”

Outro capítulo importante de meus estudos foi verificar que Jesus conhecia o que hoje chamamos de física quântica. Por exemplo, certamente Ele disse “O Pai e eu somos um” e nos recomendou “amar o próximo como a si mesmo”, porque sabia que “quando penetramos na matéria, a natureza não nos mostra quaisquer elementos básicos isolados, mas apresenta-se como uma teia complicada de relações entre as várias partes de um todo unificado” (CAPRA, 1982). Será que o TODO UNIFICADO da física quântica é Deus?

Para mim uma coisa é certa: se as pessoas refletissem seriamente sobre os ensinamentos de Cristo, o mundo seria muito melhor. Mas para refletir seriamente sobre os ensinamentos de Cristo é preciso sair do catecismo da infância e assumir a responsabilidade como cocriador do universo.

As pessoas acreditam que, quando morrerem, vão para o céu, porque Deus e Cristo vão perdoar seus pecados. Existem duas falhas nesse entendimento. Primeiro, Deus e Cristo não vão perdoar os pecados de ninguém simplesmente porque Eles não podem ser ofendidos. É impossível ofender a Deus ou a Cristo. Segundo, mesmo que todos os pecados sejam perdoados, você continuará no inferno se aqui na Terra estiver vivendo num inferno. Jesus foi taxativo: “o Reino de Deus está dentro de nós” – aqui na Terra ou em qualquer parte do universo.

Sobre esses temas, tenho centenas de livros de vários pensadores. Estudar e praticar ESPIRITUALIDADE – não cumprir rituais de uma religião organizada – é um projeto de vida: “O verdadeiro culto a Deus se realiza através da própria vida”.

Evoluir espiritualmente é muito difícil e muito complexo. Por isso, as pessoas, vida após vida, optam por viver suas vidas espirituais exclusivamente com base nos cômodos conhecimentos do catecismo da infância.

Crescer espiritualmente significa assumir a total responsabilidade pelos próprios atos – aqui na Terra e em qualquer uma das inúmeras moradas do Pai. É parar de acreditar em Papai Noel, ou seja, acreditar que basta cultos semanais e pequenas caridades para ingressar no Reino do Céu. As pessoas se esquecem de que Jesus foi taxativo: “Eu lhes garanto: se vocês não se converterem, e não se tornarem como crianças, vocês NUNCA entrarão no Reino do Céu”.

Crescer espiritualmente é como aprender matemática. É impossível sair das quatro operações do catecismo e saltar para o cálculo diferencial e integral ministrado por pensadores iluminados dentre os quais se destaca Cristo.

Mas o maior desafio é superar, vencer os dogmas e outras crenças errôneas que estão profundamente enraizadas em nossa mente inconsciente. Como fazer as pessoas entenderem que “Deus não premia nem castiga” e que “Jesus não morreu para nos salvar”. Por que Jesus iria nos salvar de nossos pecados se Ele sabia que iríamos continuar pecando?

Hoje o foco de meus estudos são as CARTAS DE CRISTO. Trata-se de conhecimentos científico-espirituais transmitidos por Cristo a uma senhora inglesa. Para mim é um resumo do que aprendi nos livros esotéricos e uma “bíblia” racional e lógica, compatível com a estrutura mental de nossos dias.

Para finalizar – um tema que é “infinalizável” - vale a pena citar o que se lê em Hebreus 5,11-14:

“Temos muito a dizer sobre este assunto, mas é difícil explicar, porque vocês se tornaram lentos para compreender. Depois de tanto tempo, vocês já deviam ser mestres; no entanto, ainda estão precisando de alguém que lhes ensine as coisas mais elementares das palavras de Deus. Em vez de alimento sólido, vocês ainda estão precisando de leite. Ora, quem precisa de leite ainda é criança, e não tem experiência para distinguir o certo do errado. E o alimento sólido é para os adultos que, pela prática, estão preparados para distinguir o que é bom e o que é mau”.

As CARTAS DE CRISTO estão disponíveis em:

https://cartasdecristobrasil.com.br/downloads/

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