Minha filha me envia um
vídeo sobre a Páscoa (link no final).
Gostei das
explicações, mas, hoje, eu fico com os esclarecimentos das
CARTAS DE CRISTO abaixo.
NA CARTA 3, P. 14-15,
LÊ-SE:
“Quando foi a hora de
celebrar a Páscoa com meus discípulos, organizei uma ceia com todos reunidos
num grande salão. Sabia que aquela era a última vez que comeria na Terra. Não
desejo voltar profundamente à consciência daquela noite. Senti grande tristeza
por ter que deixar meus discípulos que tinham me servido tão bem. Com a
tristeza, todos os meus temores e conflitos reapareceram.
“Tive momentos de
profunda autopiedade. Senti que ninguém compreendia o que havia procurado fazer
pelo meu povo e o sacrifício que estava disposto a fazer por ele. João estava
contando uma expressiva história sobre a última noite dos israelitas no Egito, antes
de escaparem para o deserto. Falava das instruções de Moisés ao chefe de cada família
para que matassem um cordeiro sem mancha, que o cozinhassem de certa maneira e
pintassem com aquele sangue as portas das moradias israelitas, porque naquela
mesma noite viriam os anjos para matar todos os filhos primogênitos dos
egípcios e o seu gado.
Com vivacidade,
recordou a agitação dos egípcios ao despertarem e encontrarem o primogênito de
cada lar ensanguentado, sem que nenhum tivesse se salvado.
“Era o tipo de
história horrível que eu rejeitava por não ter nenhum valor para a pessoa que
buscava a Verdade espiritual mais elevada. Eu me perguntava até que ponto meus discípulos
realmente tinham entendido quando eu falava de seu “Pai Celestial” e Seu amor
por toda a humanidade. Como podiam entusiasmar-se com o pensamento de “anjos” matando
os primogênitos dos egípcios quando eu tinha dito com toda a clareza que “Deus”,
o “Pai”, era Amor? Mas os Judeus sempre haviam se preocupado com o derramamento
de sangue para redimir seus pecados. Até mesmo Abraão, o fundador da nação
israelita, convenceu-se de que devia levar o seu único filho ao deserto,
matá-lo e oferecê-lo em sacrifício a Deus. Um pensamento pagão e revoltante!
“Pensei nos
sacrifícios de animais no Templo. Amando a todos os seres vivos da criação como
eu amava, esta prática era para mim uma abominação. E agora eu estava a ponto de
ser levado para a morte porque tinha me atrevido a pronunciar as palavras da Verdade.
E quando considerava o tão pouco do meu conhecimento que tinha conseguido transmitir,
perguntava-me por que eu tinha sido enviado em tal missão!
“Senti de repente um
estremecimento de ressentimento e raiva se entrelaçar aos sentimentos habituais
de amor para com aqueles homens. Com certo cinismo, perguntava-me que sinal
poderia deixar que fosse uma recordação eficaz, para que os meus ensinamentos
retornassem a suas mentes quando já não estivesse com eles. Se podiam esquecer
tão rapidamente todos os meus ensinamentos sobre o “Amor do Pai” e desfrutar a
horrível história da Páscoa, enquanto eu ainda me encontrava na mesma sala com
eles – de que se recordariam quando morresse como um “malfeitor” na cruz, a
mais desprezível das mortes?
“Depois pensei que,
se o “derramamento de sangue” os comovia tanto, daria a eles sangue para que se
recordassem de mim! Com essas reflexões irônicas apanhei um pão, parti-o,
passei-o a meus discípulos e disse que o comessem. Comparei o pão partido com o
futuro de meu corpo partido e pedi que repetissem o “partir o pão e o
distribuir” em lembrança do sacrifício de meu corpo para trazer a VERDADE – a
Verdade sobre Deus e a Verdade sobre a Vida, a Verdade sobre o Amor.
“Percebendo que eu
estava com um humor estranho, pararam de comer, escutaram, pegaram o pão e
comeram em silêncio. A seguir, tomei minha taça de vinho e a entreguei, dizendo
que cada um devia beber dela, posto que era o símbolo de meu sangue que logo seria
derramado porque tinha me atrevido a trazer a Verdade da Existência.”
NA CARTA 3, P. 1,
LÊ-SE:
“Eu sei que esta
afirmação trará muito pesar aos seguidores sinceros e dedicados da religião
Cristã e àqueles que concentraram sua fé inteiramente na pessoa de ‘Jesus’. Mas
digo a verdade: para que você consiga desfazer-se da condição humana que o
impede de compreender plenamente a VERDADE UNIVERSAL e a verdadeira natureza da
condição ‘espiritual-humana’ que eu chamei de “Reino de Deus”, você deve
afastar-se dos velhos dogmas de ‘salvação pelo sangue do cordeiro’, a Trindade
e outras crenças e vir com a mente perfeitamente aberta e receptiva para a
VERDADE da EXISTÊNCIA.
“Nenhuma outra
salvação é possível. ‘Deus’ não pode ‘salvar’ você, uma vez que, se a
humanidade ignora os fatos da existência, continuará cometendo os mesmos erros terrenos
até o fim dos tempos, assim criando sua própria enfermidade e miséria.” (Grifo do Anacleto)
As CARTAS DE CRISTO se encontram disponíveis para download em:
http://cartasdecristobrasil.com.br/
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PÁSCOA – HAROLDO DUTRA
DIAS