Recordo-me de minhas
Sextas-Feiras Santas em Miradouro na década de 50. Muito triste! Não se podia
fazer nada: nadar, pescar, jogar bola, soltar pipa etc. Nada de rádio; não se
varria nem a casa!
Felizmente, joguei
fora muitos dogmas. Conforme descrito abaixo, hoje entendo que “na Sexta-Feira
Santa, ano após ano através dos séculos, pelo mundo todo, foi criado um ‘estado
de consciência’ traumática e contaminada” e “este estado está tão longe da
dimensão espiritual da CONSCIÊNCIA CRIATIVA UNIVERSAL (“DEUS”) quanto o inferno
está distante do céu”.
CARTAS DE CRISTO
(...)
“Faz dois mil anos
que os “Cristãos” estão revivendo o trauma de minha crucificação. Alguns,
inclusive, experimentaram o estigma, que nada mais é do que uma resposta emocional
histérica e mórbida àquilo que acreditam que suportei. Essas pessoas se superexcitam
até viverem picos emocionais próximos ao frenesi, imaginando a angústia dos
meus sofrimentos antes de minha morte. Sua gratidão emocional pelo que suportei
lança-os em um estado de estresse físico.
“Isso está sendo
escrito num dia de Sexta-Feira Santa e vim especialmente para falar acerca de
minha crucificação. Vim para dizer que você deve abandonar todo o drama referente
à recordação daquele dia. Morri – e isso foi, para mim, uma libertação maravilhosa.
“Já é tempo de que as
pessoas acordem de seu longo, longo sonho e compreendam a existência como ela
realmente é – e a verdade a respeito de minha crucificação, a qual esteve
oculta até este momento. Na Sexta-Feira Santa, ano após ano através dos
séculos, pelo mundo todo, foi criado um “estado de ser de consciência”
traumática e contaminada. Este estado está tão longe da dimensão espiritual da
CONSCIÊNCIA CRIATIVA UNIVERSAL quanto o inferno está distante do céu.
(...)
“Assim, comecei minha
última viagem em direção a Jerusalém com grande confusão de sentimentos. Por um
lado, estava cansado de curar, falar e ensinar às pessoas que me escutavam
boquiabertas e não tinham nenhuma real compreensão do que eu tentava dizer. Tinha
pensado que meu conhecimento tornaria as pessoas capazes de sair de sua miséria
e, pelo menos, estabelecer contato com o “Pai” e obter um vislumbre do “Reino
dos Céus”. Não havia nenhuma evidência de tal despertar espiritual nem mesmo
entre meus discípulos. Meu desapontamento e sentido de fracasso trouxeram-me
contentamento ao pensar em abandonar a vida terrena rumo à gloriosa existência
que sabia que me esperava depois da morte.”
CARTAS DE CRISTO.
Carta 3, p. 11.
Disponível para
download em:
http://cartasdecristobrasil.com.br/