Estamos vivendo tempos difíceis. Aliás, já vivíamos tempos difíceis, mas tudo se agravou muito com a COVID-19.
Respeito todo conhecimento científico, mas a ciência tem suas limitações - ela se utiliza somente de nossos sentidos, ou seja, da visão, audição, tato, paladar e olfato. Será que não existem outras formas de se conhecer a realidade? Como explicar os "milagres" de Cristo? Coloquei a palavra milagres entre aspas, porque não se trata de milagres; trata-se de uma ciência que está além de nossos cinco sentidos. Uma ciência vivenciada por Jesus Cristo quando se iluminou no deserto.
Até aos 55 anos, não tinha lido nada da Bíblia e me limitava a repetir orações mecânicas que me foram ensinadas no catecismo, em Miradouro, na década de 50. Também ainda acreditava que Deus nos castigava e premiava de acordo com o desempenho de cada um.
Passei a me interessar por aprender, de forma racional e lógica, a verdade que existe nos ensinamentos de Cristo apenas quando me conscientizei de que - somente por meio da mente e da ciência como atualmente conhecida - jamais conseguiria ser verdadeiramente feliz, isto é, ingressar no Reino de Deus, conforme disse Jesus - convivendo neste cipoal de dificuldades em que se encontra nosso mundo!
Comecei a estudar o Novo Testamento. Aliás, somente estudo o Novo Testamento, pois, com o advento dos ensinamentos de Cristo, a Lei, o Antigo Testamento, se tornou letra morta (Romanos 7,6).
Aos poucos fui fazendo importantes descobertas. Por exemplo, descobri que a Bíblia não é "complicada" nem é "coisa de especialistas" como dizem. Além disso, existem inúmeras interpretações errôneas dos ensinamentos de Cristo!
Comprovei - após longas pesquisas - que realmente Cristo é o "Caminho, a Verdade e a Vida". Comprovei também que é muito difícil trilhar o "Caminho de Cristo" - e, aliás, parafraseando Aldous Huxley, poucos são os que conseguem tentar! É difícil tentar, porque "o verdadeiro culto a Deus se realiza através da própria vida", conforme consta da Introdução da Carta aos Hebreus - um texto sem complicação e extremamente significativo do qual transcrevo o seguinte:
"Exceto Jesus, nada mais é absoluto: nenhuma instituição ou estrutura, tanto civil como religiosa, tem caráter absoluto e intocável. Sendo único mediador, Jesus abre completamente a comunicação entre Deus e os homens, e dos homens entre si.
"O povo está livre para participar inteiramente da realidade de Jesus e, portanto, ter acesso à intimidade com o próprio Deus.
"Frente à pessoa e vida de Jesus, todas e quaisquer instituições, estruturas religiosas ou civis têm caráter relativo e provisório, sendo passíveis de revisão crítica, reformulação e renovação.
"O verdadeiro culto a Deus se realiza através da própria vida. O modo de servir a Deus não são ritos religiosos, mas obediência à sua vontade, que se manifestou radicalmente na doação vivida por Jesus até à morte (10,1-10). O único valor do culto consiste em expressar, concreta ou simbolicamente, o culto que os homens prestam a Deus através da própria vida."
Realmente é muito difícil trilhar o “Caminho de Cristo”, apesar de Jesus ter sido taxativo: "Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, espalha” (Mateus 12,30). “Estar com Cristo” é seguir os seus ensinamentos e viver como Ele viveu no corpo de Jesus na Palestina – e não, parafraseando Caetano, “falar que me ama, só que da boca pra fora”!
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