“Ser
caridoso é entrar em contato com sua essência divina (...), cujo sentido básico
é a organização psíquica para o contato com Deus.”
“Praticar
a caridade pode ser apenas estar
caridoso, isto é, realizar uma tarefa como outra qualquer.”
“A
atitude caridosa que atende somente a regras externas atua de modo contrário,
ou seja, inflacionando o ego com sentimento de vaidade e orgulho. Por mais que
ajude o outro, a caridade aparente pode funcionar como um disfarce para a
satisfação dos desejos de reconhecimento e destaque daquele que a pratica. Por
outro lado, ser caridoso (praticar caridade) para com os demais pode significar
uma fuga das próprias questões, de modo a não entrar em contato com sua sombra, evitando curar-se a si mesmo.”
NOVAES,
Adenáuer Marcos Ferraz de. Psicologia do Evangelho. Salvador: Fundação Lar
Harmonia, 1999, p. 92.